Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
|
||||
|
PAI DE RENATO RUSSO DIZ QUE O CANTOR BUSCAVA EXPLICAR "A F�RIA DO MUNDO" (SHOWBIZZ - 12/1997 - Edi��o: 149) (Por Pedro S�) No Segundo Caderno do jornal O GLOBO, o jornalista e cr�tico Ant�nio Carlos Miguel descreveu bem o clima da apresenta��o oficial � imprensa de "O �ltimo Solo", na sede carioca da EMI: "Os diretores da gravadora pareciam estar cheios de dedos, temendo ser acusados de mercen�rios". Excesso de escr�pulo, j� que a qualidade do trabalho invalida eventuais acusa��es de oportunismo. Entretanto, naquele 10 de novembro, exato dia em que o governo esvaziou o saco de maldades em cima da classe m�dia, a id�ia de lan�ar logo o �lbum (inicialmente previsto para mar�o) assumiu sua face mercadol�gica. "1998 � ano de Copa do Mundo, o disco poderia sair numa �poca complicada", justificou Jo�o Augusto, vice-presidente art�stico da EMI. S�rio, de franqueza quase rude, mas extremamente cativante, Renato Manfredini, pai de Renato Russo, explicou o t�tulo que deu ao disco: " � O �ltimo Solo porque ele n�o vai mais cantar... E tamb�m o solo de flores, que � onde ele escolheu ter as cinzas espalhadas". Manfredini foi contactado por candidatos a bi�grafo do cantor, mas n�o se interessa em projetos do g�nero: "Meu filho sempre disse que suas can��es eram bem expl�citas e que quem procurasse entend�-las n�o precisava saber da vida dele." A fam�lia tem apenas planos desapressados de publicar um livro com as letras de Russo. "S�o umas 100 m�sicas gravadas e algumas in�ditas. Por elas, d� para ter uma id�ia de onde ele queria chegar..." Onde? "Na perfei��o. Na explica��o da f�ria do mundo. Quem conheceu o Renato de perto, grande leitor e grande estudioso da cultura human�stica, sabe que nas letras est�o coisas que ele bebeu dos livros", revelou Manfredini, sem esconder o orgulho pela forma��o que proporcionou. Neto de um imigrante (de Cremona, na Lombardia, norte da It�lia) que veio para o Brasil em 1876, ele n�o evitou comentar a personalidade dita "dif�cil" do filho. "Renato se dizia um lombardo, justificava assim parte de seu temperamento." Que parte? "A parte agressiva, a parte da teimosia. Era preciso ter tato com ele." Co-piloto e produtor de Russo nos discos solo, o tecladista Carlos Trilha se permitiu mostrar mais emo��o falando � SHOWBIZZ. Comentando sua faixa preferida, "The Dance", ele se flagrou com os olhos umedecidos e a voz embargada: "Aquele take foi o primeiro. Fico at� arrepiado... ouvindo ele... Renato estava se emocionando com a pr�pria m�sica". Para "The Stonewall Celebration Concert", Trilha e Renato trabalharam em 48 m�sicas - ficaram 21. Em "Equil�brio Distante", come�aram de 21 m�sicas para chegar a 13. "Tudo que poderia ser lan�ado, por�m, est� a�", garantiu. Para ter uma id�ia do que estamos perdendo, Trilha lembrou algumas can��es que ficaram apenas em ensaios: "Oh Pretty Woman" (Roy Orbison), "Stand By Me" (Ben E. King), "Take A Bow" (Madonna), "Down So Long" (The Doors)... Aos inconformados, resta a f�ria do mundo. Texto enviado por: Fabiano Moraes - Legi�o Urbana Web F� Clube |
|||
Skooter 1998 - 2008 |
||||