Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
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IDentidade
dupla? (O Globo - 26/04/1999) (Por Marina Lemle)
H� alguns anos,
quando estava em atividade no cen�rio do rock alternativo carioca, a banda ID
ficou conhecida por ter um vocalista que cantava igualzinho ao Renato Russo,
confundindo at� os f�s mais ardorosos do Legi�o Urbana, como conta a p�gina http://www.renatorusso.com.br/raro.htm. A banda gravou
quatro m�sicas num CD lan�ado pela Polvo Discos, esgotado rapidamente, e isso
era tudo. At� agora. O ID volta � cena hoje, �s 21h30m, no Mistura Fina (av.
Borges de Medeiros 3.207, Lagoa), para lan�ar o CD "Isso � s� o come�o"
(reprodu��o da capa acima). O sumi�o, na verdade, foi estrat�gico: no tempo
em que esteve fora do circuito, o trio formado por Vinicius Gussen (vocal e
guitarra), Renato Bueno (baixo) e J�nior Salim (bateria) se concentrou em sess�es
de est�dio e produziu mais de 40 m�sicas. Vale conferir a nova safra. Couvert
a R$ 10 e consuma��o m�nima tamb�m. Nunca fomos t�o felizes(Isto� - 28/04/1999) Nascidas em Bras�lia,
as Bandas Legi�o Urbana e Os Paralamas do Sucesso nunca admitiram publicamente
rivalidade nenhuma, mas seus f�s-clubes se comportaram por muito tempo como
torcedores de times rivais. Na semana passada, na festa que comemorou os cinco
anos da ag�ncia F/Nazca, em S�o Paulo, o ex-Legi�o Urbana Dado Villa Lobos e os Paralamas n�o deixaram brecha para o menor
esp�rito de competi��o. Num show para 500 pessoas, na sede da ag�ncia, a
banda de Herbert Vianna mostrou uma
pr�via do CD ac�stico que est� preparando e ter� a participa��o de Dado.
Vianna apresentou tamb�m uma nova vers�o de Meu
erro e duas m�sicas in�ditas, uma delas em parceria com o novo xod� da m�sica
brasileira, Pedro Lu�s. "Adorei o alto astral da festa", disse F�bio
Fernandes, 36 anos, o F da F/Nazca. Ele e todos os convidados. CAP�TULOS A MAIS NA HIST�RIA DA TURMA DE BRAS�LIA (O Globo - 29/05/1999) (Por Mario Marques) A imagem de
quatro malucos tocando numa esquina, com os cabelos descoloridos, cheio de
tachas e vestidos em trapos, foram para o adolescente Fernando Ouro Preto, � �poca
com 16 anos, uma porta aberta - e uma cena revolucion�ria. � como Dinho,
vocalista do Capital Inicial, hoje com 35 anos - que recentemente voltou ao
circuito com o disco "Atr�s dos olhos" (Abril Music) - vira a
primeira p�gina do livro "A turma da colina", um testamento de um
tempo em que Bras�lia desconhecia o potencial daqueles barulhentos garotos de
garagem. Prevista para ser lan�ado este ano, a publica��o registra n�o s�
hist�rias como a apari��o retumbante do grupo punk Aborto El�trico de Renato
Russo diante de seus olhos, entre incr�dulos pedestres, como tamb�m o fim de
um ciclo fundamental para o pop nacional. A Colina do t�tulo
era uma �rea de pr�dios no Campus da Universidade Nacional de Bras�lia (UNB),
onde morava a maioria dos professores. Foi ali, em meio a uma efervesc�ncia
cultural que vez ou outra ignorava did�tica, onde nasceram os primeiros tr�s
acordes de guitarra da cidade. - N�o h�
precis�o hist�rica no livro, � como se fosse um romance, n�o liguei para
ningu�m, s� reproduzo o que aconteceu - explica Dinho, que se concentrou
apenas entre os anos 80 e 83 para embalar suas lembran�as. - Conto os tempos em
que tudo era divers�o, at� descobrirmos que t�nhamos uma carreira a seguir. Enquanto Dinho
romanceia a trajet�ria de grupos como Legi�o Urbana, Plebe Rude, o seu capital
Inicial e Paralamas do Sucesso, Paulo Marchetti, produtor do programa Supernova
3 da MTV, mostra no livro "Di�rio da turma", que conclui em julho,
uma grande reportagem da cena brasiliense. - S�o muitas
hist�rias e depoimentos - diz Marchetti, que entrevistou cerca de 60 pessoas e
relata o per�odo entre 76 e 86. - Mostro tanto a trajet�ria das bandas que
fizeram sucesso quanto a das que ficaram no anonimato, como a Diamante
Cor-de-Rosa, a Anjo Ca�do e os Vigaristas de Istambul. Durante a
pesquisa, Marchetti encontrou Dinho e os dois acabaram trocando opini�es
impactantes sobre seus trabalhos. - Eu era moleque
e via essa turma toda indo l� em casa ouvir os discos de rock importados que
minhas irm�s tinham - lembra Marchetti, que morou em Bras�lia entre 74 e 87. - Passei a freq�entar
festas loucas, punks e conheci uma outra realidade - recorda Dinho. Nos dois livros
h� tra�os em comum e la�os obrigat�rios. A Plebe Rude de Phillipe Seabra,
cujo formato sonoro alinhavado em "O concreto j� rachou" (85) �
unanimidade, ganha espa�o nobre em todos os cantos da hist�ria do rock de Bras�lia.
Ap�s in�meras tentativas de reuni�o da forma��o original no ano passado, a
banda enfim volta em dezembro para gravar um disco ao vivo pela Abril Music. Al�m
disso, est� cotada para ser a maior atra��o do Abril Pro Rock 2000, em
Recife. Seabra, vocalista e compositor da banda, h� cinco anos morando em Nova
York, onde batalha com sua Daybreak Gentlemen, � pessimista quanto � id�ia de
recome�ar uma carreira no Brasil, mas encara o reagrupamento como um ato de
respeito aos "f�s plebeus". - A situa��o
hoje � outra, mas a vontade de voltar � estrada � a mesma - diz Seabra, cujo
grupo � agenciado pela T. E. Savage, escrit�rio que representa, dentre outros,
George Clinton e Manhatan Transfer. - Converso muito com os outros integrantes
da Plebe e est� todo mundo animado, mesmo que separados pela dist�ncia. Atrav�s
da homepage do Daybreak (http://www.daybreakgentlemen.com), recebo muitos
e-mails de f�s pedindo para que a gente volte a tocar, isso n�o pode ser
ignorado de jeito nenhum. Queremos ir para Bras�lia, e depois Rio e para S�o
Paulo. - Eles tiveram
uma briga antes de se separar, sa�ram na porrada mesmo - relata Dinho. - Por
isso a reuni�o est� sendo t�o dif�cil de acontecer. Eles falam nisso h�
mais de um ano, mas ainda n�o se encontraram. Muito da avidez
pelo som dos anos 80 passa pela crise criativa roqueira dos grupos surgidos nos
anos 90. O Finis Africae � outra banda que prepara um �lbum ao vivo, baseado
numa miniexcurs�o nacional, depois da recusa de sua ex-gravadora, a EMI, de
relan�ar seus LPs em CD - algo que tamb�m aconteceu com o Zero. Mas, quer
queiram, quer n�o, a hist�ria da turma, pelo menos, vai entrar pela porta da
frente. |
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Skooter 1998 - 2008 |
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