Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
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Equil�brio Distante

Jornal "O Povo"

Equil�brio Distante
Data: 12/10/96 Tamanho: G
Editoria: Vida & Arte P�gina: 4B
Clich�: Primeiro
Autor: Karine Rodrigues
Observa��o: Continua��o da mat�ria anterior

At� o ano passado, por estas plagas, boa parte das pessoas torciam o nariz para a m�sica italiana. Renato Russo procurou mudar a situa��o. Gravou Equil�brio Distante - seu segundo trabalho solo - em italiano e o resultado, acreditem, n�o podia ter sido melhor: foi um corre-corre s� �s lojas de disco. At� os mais c�ticos comeram no prato onde antes cuspiam.
Renato concedeu uma grande entrevista sobre Equil�brio Distante. O trabalho foi gravado em CD e distribu�do para v�rias r�dios do pa�s. No bate-papo, o m�sico contou, por exemplo, porque havia decidido fazer o disco: "...no nosso pa�s t� tendo essa discuss�o em cima de que a m�sica pop n�o presta, que as letras s�o ruins e tudo, e a minha opini�o � que a m�sica extremamente popular � que as vezes traz as maiores verdades. Todo mundo fica: `Ah, porque a m�sica italiana � brega, � horr�vel, as letras s�o bobas...' Eu n�o acredito nisso."
Para quem n�o sabe, Renato tinha um p� l� na It�lia. Em 1876, depois de uma perigosa viagem pelo Oceano Atl�ntico, seus bisav�s chegaram ao Brasil. O disco, portanto, � tamb�m uma homenagem � sua fam�lia. O m�sico admitiu isso e at� aprofundou um pouco o assunto: "A fam�lia � uma coisa muito importante. Pra mim � muito importante porque � o que me segura quando eu t� com d�vida ou quando eu t� alegre. Eu gosto de compartilhar as minhas emo��es com a minha fam�lia e, gra�as a Deus, tenho uma fam�lia que me entende, n�? Eu sou meio complicado, eu tenho as minhas coisas e tudo, mas eles sempre me apoiam e eu acho isso muito importante."
Equil�brio Distante, explica Renato, expressa que qualquer pessoa, independente de suas idiossincrasias, tem direito a acreditar nos valores tradicionais e na fam�lia. "O fato de eu ser um artista ou de eu ter uma postura diferente ou mesmo ter uma postura pol�tica diferente, n�o implica que eu n�o tenha direito de ter amor, carinho, solidariedade, respeito, dentro do meu ambiente familiar, dentro da minha comunidade. Eu acho que as letras desse disco colocam um pouco essa quest�o e isso foi uma coisa importante pra mim".
Durante a entrevista, Renato esclareceu o processo de escolha das m�sicas e da produ��o do disco. Ele revelou, inclusive, algo que dificilmente pod�amos imaginar: "O estilo dos cantores italianos t� bem pr�ximo do meu estilo com a Legi�o Urbana. Uma coisa que me ajudou muito foi que o universo das letras era bem pr�ximo do universo da Legi�o Urbana. Embora seja uma outra l�ngua e uma outra cultura e at� um outro estilo musical."
A morte do l�der da Legi�o Urbana, com certeza, vai ser lamentada por f�s, leigos e cr�ticos de m�sica. Gente na faixa dos trinta e poucos, que tem acompanhado a banda desde os primeiros passos, e uma por��o de adolescentes. Morreu jovem, se transformando em mais um mito da m�sica brasileira. Renato, no entanto, n�o acreditava em her�is. "Na verdade, todo mundo � igual. Eu n�o acredito que eu tenha uma verdade a mais".

 

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