Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
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Alexandre Meira
Aversus
(
Alexandre Meira )
Sucumbam aves, O teto ao solo retira Desfira a pena,
A sina ou ex�lio, Ao
filho, o pai perdoa
Voa ao esperar findo Indo
tocando harpas
farpas nos dedos tortos
mortos
sem poesia Ia
ao latejar das cenas Mitos
de P�gasus ou
Perseus Credor
sem crit�rios,
eis
Micenas. Estrela sem brilho,
Trilho sem horizonte
Distantes,
afastam - se aos poucos
Roucos
pelos apelos... e
s� - los, Aversus...
... ao espelho
centelha que queima as asas
com o coral de querubins a
v� - los, Perdendo - se em prantos,
C�nticos de sussurrar singelos
Martelos
de crucificar
enfermos...
Eldorado
( Alexandre Meira ) Aos saudosos
navegantes, dos mais magros retirantes, hist�rias de bandeirantes desbravando horas em cada
instante. Nessa via �nica rumo ao in�cio de uma vida deslocada em
milhas, semeando passos em cada
trilha incerta do caos, desde o come�o. Dessa vez n�o vemos nativos correrem das cruzes ou das
espadas, pois pra quem tem fome, a
jornada � uma via de cruzes, e a
navalha das encruzilhadas. Nada do ouro que sup�es, se limita ao asco da lux�ria, j� que o c�u de estrelas �
o altar, de lamentos, ora��es e pen�ria. O castigo � seguir avante, largar o sol atr�s, no come�o, e trope�ar nas pedras da
fadiga esbarrando no calor dele, num novo ensejo. Vagando longe das utopias, dos discursos inflamados sob
gravatas frouxas, pois quem sente as orelhas
quentes do calor da ret�rica, tem a vista emba�ada e a voz
� fraca e rouca... E assim seguem viagem rumo ao
o�sis, o Eldorado de sonhos
vendidos, na esperan�a de novos ouros, horizontes de vida
comprometidos em guerras sem vit�ria, sem louros. E a v�s honrosos
conquistadores, sedento de metais, pedras e
sonhos, s� deixaram trilhas destes
del�rios bisonhos aos mais miser�veis
pagadores de uma d�vida secular. Fizeram do o�sis seus vis
atalhos, roubando destinos itinerantes dos mais tortuosos caminhos, sagrados desde o
"descobrimento", a cidade dos fins atingidos se esconde atr�s dos meios
violados a cada instante, e se algu�m paga nessa terra
de gigantes de p�s " sujos" de
barro, esse condenado � o
retirante. Assim o ouro da cidade criada se esconde atr�s dos
concretos e das marquises, cinza e ca�tica , leito sem fonte, Eldorado de pedra desse novo bandeirante, acostuma - se ao pouco alento embaixo da ponte, e trilha a busca do ouro do
novo dia... O c�u sem estrelas celebra
uma nova romaria, e se descansa as p�lpebras de ontem do ardente fardo... Ainda atordoado acorda ofuscado em sonho pelo brilho do seu mais novo eldorado...
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Skooter 1998 - 2008 |
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