Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
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Homenagens Teatrais

 

  1. "UM CERTO FAROESTE CABOCLO" (Teatro e Rock).

  2. "CERTAS COISAS" (Sobre Renato Russo).

 

"UM CERTO FAROESTE CABOCLO" (Teatro e Rock).

 

 

�"UM CERTO FAROESTE CABOCLO"

(Teatro e Rock)

 

UM CERTO MANIFESTO

(21/11/1999 - 14/12/1999)

(Fabiano Moraes -

fundador e vice-presidente

do f� clube Filhos da Revolu��o)

 

Algum tempo antes da morte de Renato Russo, Paulo Faria tinha um projeto de criar uma pe�a teatral sobre e para a juventude dos anos 90, tendo como inspira��o a m�sica "Faroeste Caboclo". Mas como estava trabalhando em outros projetos teatrais, faltava tempo para transcrever sua id�ia para o papel. Com a morte de Renato, um de seus grandes �dolos, Faria entrou em depress�o, o que o fez parar para pensar e em dar vida ao seu antigo projeto. Dois dias ap�s a morte de Russo, um domingo, Paulo Faria, abriu uma cerveja �s 8 da manh�,� trancou-se em seu quarto e se p�s a escrever o que viria ser "Um Certo Faroeste Caboclo". L� pelo hor�rio do in�cio do Fant�stico estava pronto o primeiro rascunho da pe�a, 90 p�ginas. Com o tempo o texto original foi aprimorado e reduzido para 50.

Caixa de texto: A pe�a como um todo � de uma beleza rara. � uma esp�cie de quebra-cabe�a em que o roteiro, os atores, a banda, a trilha sonora, a ilumina��o e o cen�rio se unem perfeitamente resultando em um espet�culo  simples, mas de uma riqueza cultural fascinante.

��������������� Paulo Faria escolheu cuidadosamente o elenco composto por 11 atores. Estes, faziam parte do casting organizado por Faria para o filme "Foolish Heart" (Cora��o Iluminado) de Hector Babenco. No entanto, a produ��o do filme trocou o Brasil pela Argentina. Feito a escolha do elenco, a pe�a come�ou a ser ensaiada e a produ��o desenvolvida. E foi em 19 de janeiro de 1998 que aconteceu a estr�ia. De l� para c� muita coisa aconteceu. O pr�prio texto original sofreu algumas modifica��es, adotando alguns improvisos e experi�ncias que se encaixaram� bem na hist�ria. Al�m de algumas substitui��es de alguns atores e trocas de pap�is entre outros. Mas o maior e pior acontecimento ficou mesmo por conta do processo judicial que a fam�lia Manfredini est� movendo contra o autor e diretor da pe�a,� Paulo Faria. A fam�lia de Renato sente-se lesada em rela��o aos direitos autorais da m�sica Faroeste Caboclo, na qual a pe�a � baseada. Com isso, a pe�a chegou a ter de ser paralisada por algum tempo. Mas mesmo com o processo em desenvolvimento, que continua at� hoje, Paulo Faria conseguiu que a pe�a voltasse a ser apresentada. E ainda foi escolhido como o melhor diretor de 98 do Pr�mio Coca-Cola de Teatro Jovem.

Em uma conversa bem informal, Paulo Faria, me disse que tentou chegar a um acordo de diversas formas com a fam�lia Manfredini. Ofereceu para a fam�lia uma determinada porcentagem do que seria arrecadado por apresenta��o, sugeriu doar uma porcentagem para institui��es que cuidam de aid�ticos, e chegou at� a oferecer o cach� dos artistas da pe�a. "Essa pe�a n�o � mesmo para ganhar dinheiro, � uma homenagem ao Renato", comenta Paulo. Mas os Manfredini est�o mesmo dispostos a encerrar com as apresenta��es da pe�a, pois o �nico acordo que aceitam � 4 mil reais por dia de apresenta��o. De qualquer forma, Paulo segue com a pe�a at� n�o ser mais poss�vel continuar.

A fam�lia Manfredini tem sido maravilhosa em estar liberando objetos pessoais de Renato para o Memorial Renato Russo que em breve ser� inaugurado em Bras�lia. Por�m, a atitude da mesma em rela��o a esta pe�a, vem sendo completamente oposta aos ideais de Renato, que sempre demonstrou interesse em ver a m�sica encenada. Segundo Faria, a hist�ria de Faroeste Caboclo foi vendida pela fam�lia e em torno de uns 2 anos sair� um longa-metragem baseado nela. Mesmo assim, como f�s e admiradores da obra de Renato, devemos demonstrar nossa insatisfa��o em rela��o a este processo judicial. Renato foi um g�nio e merece ter todas as homenagens poss�veis e n�s de participar delas.

 

Se voc� deseja que "Um Certo Faroeste Caboclo" continue com suas apresenta��es, manifeste-se contra este processo judicial. Pretendemos organizar uma esp�cie de abaixo assinado. Envie um e-mail para [email protected] com os seguintes dados:

Nome (completo):

Cidade/Estado:

R.G.:

Coment�rios:

 

 

 

 

 

 

NOT�CIAS

 

  1. ELENKO TRAZ "UM CERTO FAROESTE CABOCLO". (Folha de S�o Paulo - 11/10/1997)

  2. ESPET�CULO HOMENAGEIA RENATO RUSSO. (O Estado de S�o Paulo - 19/01/1998)

  3. REESTR�IA MUSICAL INSPIRADO EM CAN��O DE RENATO RUSSO. (Folha de S�o Paulo - 06/08/1998)

  4. "UM CERTO FAROESTE CABOCLO" FAZ �LTIMAS APRESENTA��ES. (Folha de S�o Paulo - 26/12/1998)

  5. MUSICAL HOMENAGEIA RENATO RUSSO NO DRAG�O. (Di�rio do Nordeste - 19/11/1999)

  6. FAROESTE CABOCLO MUSICAL. (O Povo - 19/11/1999)

  7. FAROESTE ESTILO BROADWAY. (O Povo - 23/11/1999)

 

 

 

ELENKO TRAZ "UM CERTO FAROESTE CABOCLO"

Pe�a � inspirada em can��o da Legi�o Urbana; hoje faz um ano que morreu Renato Russo, l�der da banda

�(Folha de S�o Paulo - 11/10/1997)

(Lu�s Perez - da Reda��o)

 

Jo�o de Santo Cristo perdeu o pai, um sem-terra, num conflito em Concei��o do Araguaia (PA). Seguiu ent�o para Bras�lia, onde quis se tornar roqueiro, mas virou um misto de traficante e "santo" - chegou a chefiar uma gangue da capital federal. Seu fim � tr�gico.

A hist�ria � familiar, sobretudo para os f�s de Renato Russo, l�der da banda brasiliense Legi�o Urbana, e cuja morte em decorr�ncia da AIDS completa um ano hoje.

Uma de suas mais famosas can��es vai virar a �pera-rock, "Um Certo Faroeste Caboclo", baseada totalmente na m�sica, que dura quase dez minutos.

��������������� Pol�tica, rock, drogas, amores e adolesc�ncia se misturam na hist�ria. Sob dire��o do ex-Mulheres Negras Maur�cio Pereira, a parte musical do espet�culo inclui banda de cinco m�sicos e composi��es pr�prias.

Feitas, ali�s, justamente pelo "vil�o" da hist�ria, o ator Eliseu Paranhos, que interpreta Jeremias.

Segundo Paranhos, as m�sicas foram inspiradas em can��es de Renato Russo e Cazuza, que tamb�m morreu, em julho de 1990, v�tima da AIDS. Uma das letras diz: "Volta, cara/Tamb�m sou mala/N�o sou escroto/Vou atr�s de ti at� no esgoto".

Segundo Paranhos, a id�ia � que todos cantem com a banda. N�o est�o nos planos do elenco usar m�sicas da Legi�o, mas sim fazer refer�ncias a elas.

"� uma homenagem ao Renato Russo", diz Paulo Faria, 32, autor da pe�a. Ele concluiu o texto dois dias ap�s a morte do �dolo.

"Ainda n�o fizemos contato com os outros membros da banda. Mas, de qualquer forma, pretendemos reverter parte da bilheteria para as v�timas da Aids", conta.

Caixa de texto: TRECHOS
Confira, a seguir, dois trechos da pe�a "Um Certo Faroeste Caboclo". 
"Boiadeiro - Vai pra Bras�lia? 
Jo�o - Vou. Quero conhecer uma pessoa que mora l�. 
Boiadeiro - Quem �? 
Jo�o - Segredo meu. Preciso falar com a pessoa, mas prometi n�o revelar quem ela �. Dizem que as palavras faladas podem ser roubadas por visagens. Pelo vento. Pelo mar. Ou por bruxos. E aqui tem muito, n�o tem? 
Boiadeiro - E tu � poeta? 
Jo�o - Meu pai lia muita poesia pra mim, cordel. Os versos. Sempre de quatro. Meu pai era estudioso. Eu que nunca quis saber de col�gio. Gosto de rimar no final. Meu pai cantava. Era repentista. O melhor. 
(...) 
Um tiro acerta Jo�o pelas costas, o povo reage como uma torcida num campo de futebol. Jo�o se vira com sangue escorrendo pela boca. 
(...) 
Jo�o - Claro! Jeremias! Foi ele quem me assaltou quando cheguei a Bras�lia. Afasta, Maria L�cia! Maria L�cia, se afasta. Jeremias, maconheiro sem-vergonha! Eu tenho uma d�vida passada com voc�! (...) 
O povo come�a a rir. Jo�o d� cinco tiros em Jeremias. 
Jeremias - Voc� tira a minha vida, f.d.p. Eu vivi. Vivi dois anos com a tua mulher e tive um filho dela. Eu... 
(Morre) 
Jo�o cai." 

Faria afirma que a pe�a se destina aos adolescentes. Para ele, h� poucas op��es de pe�as dirigidas especialmente a esse p�blico.

Ainda na fase de ensaios, o espet�culo deve estrear no dia 19 de novembro, no rec�m-inaugurado Centro Cultural Elenko (rua Cardeal Arcoverde, 2.978, Pinheiros, zona sudoeste de S�o Paulo, tel. 011/870-2153).

Devem ser feitas sess�es semanais �s quartas e quintas-feiras, �s 16h, e �s sextas, �s 24h. A previs�o � ficar em cartaz em S�o Paulo por cerca de seis meses.

Al�m dos dez atores no palco e da banda, a produ��o inclui proje��es em tel�o de cenas do Brasil e "flashbacks". H� v�rias cenas assim, referentes a Santo Cristo, que sempre se lembra de momentos marcantes de sua vida.

Chegando a Bras�lia, como na m�sica, Jo�o vira aprendiz de carpinteiro e encontra Pablo, um traficante de renome.

No final, morrem ele e Maria L�cia. Cita��es � sociedade brasiliense n�o faltam - fala-se desde sobre o �ndio Galdino, morto queimado por adolescentes, at� Chic�o Br�gido, deputado federal acusado de alugar o pr�prio mandato.

"H� um certo realismo fant�stico na hora e meia de pe�a", diz Faria, que tentou aproximar a trama ao m�ximo de situa��es reais.

Curiosamente, faz o contr�rio de Russo. "Na letra de 'Eduardo e M�nica', o Renato viajou totalmente na letra", conta Geraldinho Vieira, 38, jornalista e amigo do cantor. A M�nica da can��o seria uma ex-mulher do pr�prio Vieira.

 

 

 

 

ESPET�CULO HOMENAGEIA RENATO RUSSO

Com roteiro e dire��o de Paulo Faria, 'Um Certo Faroeste Caboclo' estr�ia em S�o Paulo

(O Estado de S�o Paulo - 19/01/1998)

(Tom Cardoso - Especial para o Estado)

 

A can��o Faroeste Cabloco, um dos maiores cl�ssicos do Legi�o Urbana, foi a principal fonte de inspira��o para o espet�culo musical Um Certo Faroeste Cabloco, que estr�ia hoje, �s 21 horas, no Centro Cultural Elenko (Rua Cardeal Arcoverde, 2.978, tel.: 870-2153). Com roteiro e dire��o de Paulo Faria, a pe�a � uma homenagem a Renato Russo, morto o ano passado, e autor da m�sica em 1979.

"Eu sou um grande f� dele, passei a minha juventude ouvindo m�sicas do Legi�o e sempre achei que Faroeste Cabloco daria um �timo roteiro para o teatro", afirma Faria. "E, al�m de tudo, essa can��o � superatual, aborda temas como drogas, pol�tica e a luta dos sem-terra."

Para contar a hist�ria de Jo�o de Santo Cristo (personagem principal, vivido pelo ator Beto Magnani), Faria fez quest�o de ser fiel ao 159 versos da letra. "A �nica altera��o que eu fiz para o roteiro foi incluir um novo personagem, o Pedro (Fausto Maule), que na pe�a � o melhor amigo de Jo�o."

A dire��o musical � de Maur�cio Pereira, ex-Mulheres Negras, que lidera a banda P�prika, respons�vel pela parte musical da montagem. Todas as m�sicas, escritas por Eliseu Paranhos, foram compostas especialmente para o espet�culo. "Ele procurou compor uma levada bem parecida com a do Legi�o, para o p�blico identificar-se ainda mais", conta o diretor. "Tamb�m procurei p�r cita��es das m�sicas da banda na fala dos personagens."

O espet�culo conta a hist�ria de Jo�o, que, ap�s perder o pai em conflito dos sem-terra em Concei��o do Araguaia, no Par�, viaja para Bras�lia, onde pretende fazer carreira como roqueiro. Mas nada d� certo e ele acaba virando traficante. No fim, acaba sendo assassinado, ao lado da amante Maria L�cia (interpretada por L�cia Romano), pelo tamb�m traficante Jeremias (Eliseu Paranhos).

Faria, que atuou como assistente do filme Foolish Heart, de Hector Babenco, tamb�m utilizou um tel�o na pe�a, em que s�o projetadas imagens do Brasil e momentos marcantes da vida de Jo�o e Maria L�cia. "A linguagem do tel�o � mais pr�xima da do cinema e os jovens t�m muito mais afinidade com as telas do que com o teatro."

A pe�a Um Certo Faroeste Cabloco est� em cartaz todas as segundas e ter�as-feiras, �s 21 horas, e quartas e quintas, �s 16 horas. O ingresso custa R$ 15,00.

 

 

 

 

REESTR�IA MUSICAL INSPIRADO EM CAN��O DE RENATO RUSSO

'Um Certo Faroeste Caboclo' fica em cartaz no Centro Cultural S�o Paulo at� agosto

(Folha de S�o Paulo - 06/08/1998)

(Vanessa Barone)

 

O musical Um Certo Faroeste Caboclo, inspirado na m�sica de Renato Russo, volta ao cartaz hoje no Centro Cultural S�o Paulo (Sala Adoniran Barbosa, Rua Vergueiro, 1.000, tel. 277-3611). Depois de ter a temporada interrompida por uma disputa judicial com os detentores dos direitos autorais da obra de Russo, Um Certo Faroeste Caboclo pode novamente ser visto pelo p�blico, at� 4 de agosto, �s segundas e ter�as-feiras, �s 19h30.

"O processo ainda n�o chegou ao fim, mas acho que conseguiremos fazer um acordo com a fam�lia de Renato Russo", diz Paulo Faria, diretor e autor do texto de adapta��o da m�sica que tentou, sem sucesso, comunicar-se com a fam�lia do compositor no in�cio da montagem do musical. Apesar da exig�ncia do pagamento de direitos autorais (que custariam R$ 4 mil, por dia, para o grupo), Faria resolveu levar o espet�culo adiante. "O p�blico aprovou a iniciativa e acho que se Russo estivesse vivo gostaria de ver uma obra sua transformada em m�sical."

�Santo Cristo - O personagem Jo�o do Santo Cristo, criado por Russo, � o ponto de partida da hist�ria, que envolve trabalhadores sem-terra, tr�fico de drogas, desemprego e viol�ncia urbana. "A m�sica Faroeste Cabloco serviu como um roteiro inicial, para depois criar situa��es paralelas", explica Faria. Onze atores encenam a saga de Jo�o rumo a Bras�lia, para tentar denunciar a mis�ria do Norte do Brasil. Para Faria, o personagem � bem-intencionado, por�m, malsucedido em sua tentativa de viver honestamente na capital federal. Como no enredo da m�sica, Jo�o envolve-se com o crime organizado.

Um Certo Faroeste Cabloco tem m�sica ao vivo, executada pela banda de rock Gulash People, com can��es in�ditas de Eliseu Paranhos. "Acho que o que mais atrai o p�blico jovem � o ritmo alucinante do espet�culo, que � encenado por atores jovens e trata da realidade dessa gera��o", afirma. Sem nenhum cen�rio e feito para teatro de arena, o espet�culo depende do trabalho de corpo dos atores para ter dinamismo. Para chegar a esse resultado, os atores foram preparados pelo core�grafo Luiz Miranda. "A encena��o foi constru�da de maneira que os atores, depois que entram em cena, permanecem no palco at� o fim do espet�culo."

Depois da reestr�ia em S�o Paulo, Um Certo Faroeste Cabloco far� uma excurs�o por Bel�m, Manaus e Salvador.

 

 

 

 

 

"UM CERTO FAROESTE CABOCLO" FAZ �LTIMAS APRESENTA��ES

Amanh�, Eliseu Paranhos faz show ac�stico ap�s a pe�a

(Folha de S�o Paulo - 26/12/1998)

(Paulo Santos Lima)

 

Mesmo com as salas de teatro fechadas e poucos shows em cartaz na cidade, o p�blico que permanece em S�o Paulo pode assistir �s �ltimas apresenta��es do musical "Um Certo� Faroeste Caboclo", a �nica pe�a em cartaz.

Um show ac�stico com o diretor musical da pe�a, Eliseu Paranhos, tamb�m est� programado para amanh�, �s 21h, ap�s o espet�culo, no Centro Cultural Elenko.

"Um Certo Faroeste Caboclo" surgiu quando o diretor e autor Paulo Faria pensou num espet�culo que falasse sobre os jovens dos anos 90, seus erros e acertos. A m�sica de Renato Russo "Faroeste Caboclo" serviu de inspira��o.

"Isso s� demonstra como nada mudou desde 79, quando a m�sica foi composta", diz o protagonista Beto Magnani, que faz Jo�o, um misto de anjo e bandido cheio de desejos, mas que cai na criminalidade quando seus pais morrem e ele parte para Bras�lia.

"A id�ia de uma �pera-rock n�o significou fazer um espet�culo sem identidade brasileira. Todas as m�sicas e coreografia s�o in�ditas, criadas para a pe�a", diz Magnani.

O elenco de 13 atores foi escolhido a dedo. Paulo Faria estava fazendo o casting para "Cora��o Iluminado", de Hector Babenco, quando a produ��o do filme optou pela Argentina. A partir desses contatos, Faria apresentou o projeto de "Um Certo Faroeste..." aos atores que tentavam participar do filme e montou a equipe.

 

 

 

 

MUSICAL HOMENAGEIA RENATO RUSSO NO DRAG�O

(Di�rio do Nordeste - 19/11/1999)

 

A saga de um her�i sem sote, Jo�o do Santo Cristo, fez os jovens vibrarem em 1983 com a m�sica "Faroeste Caboclo", do grupo Legi�o Urbana. Renato Russo, falecido em 1996 � um �dolo daquela gera��o, traduziu nos 159 versos da letra a inquieta��o, os sonhos e as desilus�es da juventude moderna.

A hist�ria, com come�o, meio e fim bem evidenciados, chamou a aten��o do diretor Paulo Faria, que agora a adaptou para um espet�culo teatral. Assim, surgiu "Um Certo Faroeste Caboclo", levando para o universo c�nico o destino tr�gico do personagem, ansioso por encontrar uma identidade do jovem na sociedade.

Com estr�ia nacional h� dois anos, a pe�a chega hoje e amanh� a Fortaleza, apresentada no Anfiteatro do Centro Drag�o do Mar de Arte e Cultura.

Depois de passar tr�s meses em cartaz no Centro Cultural Elenko, em S�o Paulo, o espet�culo partiu para uma turn� no interior do Estado, voltando novamente para a capital. Inclu�do no Projeto Funarte na Cidade, est� neste final de ano sendo apresentado em v�rios Estados brasileiros, come�ando pelas regi�es Norte e Nordeste, prosseguindo at� o dia 05 de dezembro.

O espet�culo segue basicamente a hist�ria contada na m�sica. Na encena��o, Jo�o de Santo Cristo � um filho de sem-terras que, ap�s perder seus familiares no Norte do Pa�s, parte para Bras�lia. Sua inten��o � falar com o presidente da Rep�blica e pedir ajuda para sua gente. Contudo, a realidade da cidade grande se apresenta bem diferente daquela imaginada pelo personagem. Ele descobre que se tornando um bandido pode mais facilmente realizar seu desejo.

Os ideais de cidadania s�o aos poucos substitu�dos por um mundo bem diferente que encontra: o da marginalidade. Este � o Brasil que acaba conhecendo. Assim, Santo Cristo se depara com a realidade �rdua da viol�ncia urbana, das drogas e do desamor.

Seu destino tr�gico, triste, � narrado na televis�o como se fosse um grande espet�culo circense. Os telespectadores assistem ao t�o comentado duelo entre o mau-car�ter Jeremias e Jo�o de Santo Cristo, que s� queria ser um homem de bem. A estrutura �pica da hist�ria, o ar de aventura, o som vibrante s�o os principais ingredientes desta pe�a musical, coreografada por Lu�s Miranda.

No elenco, est� um grupo de 12 atores, com idades que variam de 22 a 30 anos. Beto Magnani, al�m de estar na produ��o, interpreta Jo�o de Santo Cristo. Atuando, sobretudo na �rea teatral, em pe�as como "Avesso", de Francisco Medeiros, Beto tamb�m j� realizou trabalhos para televis�o. Integrava o elenco da telenovela do SBT "As Pupilas do Senhor Reitor".

Entre outros atores, est�o Rosana Seligman (de pe�as como os grupos "Ornitorrinco" e "Boi Voador") e Manoel Candeias que esteve nas novelas "Raz�o de Viver" e "Fascina��o".

 

 

 

 

FAROESTE CABOCLO MUSICAL

O projeto Funarte na Cidade traz para Fortaleza neste final de semana o espet�culo "Um Certo Faroeste Caboclo". Adapta��o livre da can��o de Renato Russo, o musical mistura rock e teatro para fazer cr�tica social.

(O Povo - 19/11/1999)


A hist�ria voc� certamente j� conhece. Trata de um certo Jo�o do Santo Cristo, destemido rapazola que deixou pra tr�s a buc�lica vida rural para ir em busca de aventuras � beira-mar, mas que acabou cumprindo sua �rida sina no Planalto Central. A saga narrada pelo ``poeta da juventude dos anos 80'' Renato Russo na can��o Faroeste Caboclo ganhou os palcos nesta d�cada atrav�s da montagem do musical Um Certo Faroeste Caboclo, que est� em cartaz em Fortaleza durante este final de semana no anfiteatro do Centro Drag�o do Mar.

Aliando pirotecnias de shows de rock e proje��es de fotos e slides � narrativa dram�tica da trajet�ria de Santo Cristo, o espet�culo tem feito uma bem sucedida carreira desde que estreou em S�o Paulo h� quase dois anos, recebendo o pr�mio Coca-Cola de Teatro Jovem nas categorias Dire��o e Coreografia. Al�m disso, recebeu indica��o para o mesmo pr�mio nas categorias M�sica, Texto e Espet�culo e ainda para Atriz e M�sica no pr�mio Apetesp 98.

Escrito e dirigido por Paulo Faria, Um Certo Faroeste Caboclo tem coreografia de Luis Miranda e traz no elenco Rosana Seligmann, Beto Magnani, Manoel Carlos e mais nove atores. Uma banda formada pelos m�sicos Leonardo Chavarelli, Pablo Lopes e Vin�cius Colla acompanha e pontua ao vivo, no palco, o decorrer da trama.

Caracterizado por um ritmo cinematogr�fico, com r�pidas passagens de a��o, o musical, dirigido a um p�blico jovem e adolescente, � tamb�m uma homenagem a Renato Russo. Um artista que continua contempor�neo, que continua a arrebatar legi�es de f�s pelos quatro cantos do pa�s. Assim como a sua can��o que inspirou a montagem do espet�culo, que apesar de ter sido escrito h� 20 anos, trata de quest�es que ainda insistem em ser atuais.


Um Certo Faroeste Caboclo - Espet�culo musical hoje e amanh� no anfiteatro do Centro Drag�o do Mar (Rua Drag�o do Mar, 81, Praia de Iracema) �s horas. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (estudante). Informa��es: 488 8600.

 

 

 

 

FAROESTE ESTILO BROADWAY

�Apesar da formata��o americanizada, o musical Um Certo Faroeste Caboclo confirma a for�a da saga escrita por Renato Russo.

(O Povo - 23/11/1999)

(Luciano Almeida Filho)

 

Quando a saga "Faroeste Caboclo" foi lan�ada nacionalmente pela Legi�o Urbana no disco Que Pais � Este (87), parecia irresist�vel transform�-la num roteiro, v�-la numa vers�o dramatizada - seja no teatro, cinema ou televis�o. Renato Russo chegou a comentar em entrevistas sua vontade de ver a trag�dia do anti-her�i Jo�o do Santo Cristo transposta para outras linguagens. Falava especialmente em cinema.

Mas foi no teatro, pelas m�os do dramaturgo Paulo Faria, que "Faroeste Caboclo" se transformou no espet�culo musical Um Certo Faroeste Caboclo. A saga de quase dez minutos da can��o de Renato Russo foi adaptada e esticada num musical de longas duas horas. Estreou na capital paulista em janeiro de 1998 e passou por Fortaleza sexta e s�bado passados dentro do projeto Funarte na Cidade, atraindo especial aten��o dos f�s da Legi�o Urbana na cidade.

O palco do anfiteatro do Centro Drag�o do Mar foi adaptado para receber um espet�culo no estilo das �peras-pop da Broadway, na linha de Hair e Jesus Cristo Superstar. Isto �, coreografias estilizadas, atores cantando e dan�ando, cantores atuando, uma banda tocando ao vivo e todos os clich�s do g�nero. Pela estrutura po�tica da m�sica, mais pr�xima do estilo das hist�rias de cordel, ``Faroeste Caboclo'' talvez tivesse mais for�a dram�tica se ganhasse uma adapta��o como os autos nordestinos.

Entretanto, Paulo Faria foi bastante feliz ao introduzir novos personagens onde explora uma analogia entre o anti-her�i marginal Jo�o do Santo Cristo (papel vivido pelo ator Beto Magnani) e a trajet�ria b�blica de Jesus Cristo. A introdu��o do personagem Pedro (Fausto Maule) � fundamental. Pedro � o primeiro amigo que faz ao chegar em Bras�lia, quando este lhe salva da gangue de Jeremias, d� a m�o sempre que pode, mas o nega tr�s vezes no final.

Apesar da dire��o musical assinada por Maur�cio Pereira (ex-parceiro de Andr� Abumjamra no Mulheres Negras), as m�sicas do espet�culo deixam muito a desejar. E o elenco, jovem e bonito, ainda � muito verde, cheio de altos e baixos. Chega ao ponto do ator Julio Pompeo roubar a cena dos protagonistas quando encarnava um hil�rio Pablo. Nos momentos finais, a carga dram�tica da �ltima fala de Jo�o do Santo Cristo se perde, n�o emociona como na m�sica, para ganhar for�a com a cena da crucifica��o.

 

 

  

 

 

"CERTAS COISAS"

(Sobre Renato Russo)

 

H� algum tempo busc�vamos id�ias para iniciar um novo trabalho. T�nhamos o desejo de fazer algo vibrante, com emo��o e que, ao mesmo tempo, nos tocasse de uma forma pessoal. Foi assim que chegamos a Renato Russo, m�sico e poeta que inspirou os jovens das d�cadas de 80 e 90.

Letras fortes cantadas com o cora��o ao ritmo de Rock'n'roll, embalando os desejos, os amores, as ang�stias e as revoltas de uma gera��o.

A ousadia e a virtude de expressar os sentimentos mais sinceros, de gritar a dor do mundo, enfim, de ser o que se �, de cantar a emo��o.

E foi com esta inspira��o que surgiu "Certas Coisas", um espet�culo no qual buscamos conjugar express�o c�nica, canto coral e Rock, fazendo uma nova leitura destes g�neros musicais.

http://www.corocenico.he.com.br/cartaz.html

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FICHA T�CNICA

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Reg�ncia e Prepara��o vocal : L�ris Neumann.

Pain�is : Thomas Silva.

Arte final : Patricia Martins.

Computa��o Gr�fica: M�rcio Staudt.

Figurino : O grupo.

Luz: Marguinha.

Operador de Luz: Fernando Staudt.

Equipamento: Jesus de Souza.

Arranjos : Tiago Flores, Iuri Correa e S�lvia Zanatta.

Teclado : Paulo Bergmann.

Bateria : Carlos Ribeiro (Frango).

Baixo el�trico : Odilon Reis.

Coreografias : Mari Lice Schamann (Lica).

Produtor de Som: M�rcio Staudt.

Dire��o c�nica : Deborah Finocchiaro.

Dire��o Musical e Geral: Liris Neumann.

 

 

 

 

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