Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
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O brasileiro � alegre, mas n�o � feliz


A �ltima entrevista de Renato Russo foi concedida a Marcelo Fres, da revista de rock International Magazine, em julho de 1996. Aqui, alguns trechos:

O heavy est� morrendo...

Renato Russo - =E... Ah, mas ele volta, ele volta.

Mas e voc�, como � que voc� est�?

Russo - Ah, eu t� complicado. Eu n�o quero falar sobre isso.

E o lan�amento do disco (A Tempestade)? Voc� j� sabe quando ser�?

Russo - (sil�ncio) Essa eu n�o vou responder. Quando sair, a gente faz uma sess�o especial. Agora eu n�o t� muito legal. Voc� nota como eu estou.

Outro dia, voc� me ligou, eu achei que estivesse. Estava mais pra cima.

Russo - N�o, tudo bem. Eu t� bem, eu sou uma pessoa que est� bem. Aqui eu t� legal. Quer dizer, neste exato momento, eu t� legal, mas meu processo � muito complicado.

Voc� tem consci�ncia de que seus f�s sabem exatamente como voc� est�?

Russo - (sil�ncio) Mais ou menos. Eu fico bem de manh� e fico mal de tarde. Qual foi? Hoje de manh� eu tava supermal, tava l� pensando nas minhas coisas. Eu n�o sou filhote de Dostoievski, entendeu? Meu temperamento e meu car�ter s�o assim, ora bolas. Voc� � jovial, voc� � fortinho... Existe uma tradi��o, os medievais come�aram a estudar isso. Eu sou mais um outro tipo de pessoa, sinto muito. Eu n�o t� especialmente a fim de dan�ar a dan�a da garrafinha (risos). Eu n�o acho isso divertido.

Voc� � otimista com rela��o �s suas fases e a sua recupera��o?

Russo - Eu acho que qualquer pessoa que tenha uma vis�o do que acontece e do que eu fa�o - do meu trabalho, da minha vida, das minhas palavras e dos meus atos - vai ter resposta para essa sua pergunta. Eu n�o sou dono de nada, eu n�o entendo nada. � s� que eu gosto mais de falar como Bob Dylan. � porque na �poca as pessoas eram completamente idiotas, mas eu j� li entrevistas magn�ficas de Bob Dylan, quando ele, de repente, percebeu que podia pelo menos abrir o jogo e falar um pouco de verdade.

Tr�s ou quatro anos atr�s, esse era o discurso do Bono. Agora, a gente aprendeu a mentir. Todos passam por esse processo; acho que � humano.

Fiz a pergunta porque voc� comenta sua melancolia com frequencia...

Russo - Mas n�o � bem uma melancolia. � porque n�o � a dan�a da garrafinha! S�o dois extremos. (...) Aqui no Brasil, n�s somos alegres, mas n�o somos felizes. Existe toda uma melancolia e uma saudade que a gente herdou dos portugueses e a gente nem come�ou a resolver. A gente n�o sabe o que � nosso pa�s. N�o existe um debate, por exemplo, dizendo o que � Adriane Galisteu! (risos) Pra explicar a s�rio a motiva��o da televis�o, dando n�meros e as necessidades psicol�gicas das pessoas, etc, etc.(sil�ncio) Eu sou a pessoa mais mentirosa e mais pretensiosa do mundo!

Talvez em outros momentos, menos agora.

Russo - Ponto final.


Fonte: Divers@Online - Legi�o Urbana Home-Page

 

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