Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
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A TEMPESTADE OU O LIVRO DOS DIAS

Dado Villa-Lobos entrega todos os detalhes de A Tempestade e diz que o disco tem at� Marisa Monte.

(SHOWBIZZ - 08/1996 - Edi��o: 133)

A VOLTA, ENFIM

O tom de voz manso habitual de Dado Villa-Lobos parece ainda mais tranq�ilo, com uma cad�ncia t�pica de quem est� em f�rias. Merecidamente. Depois de seis meses em est�dio, entre janeiro e junho, gravando o novo disco da Legi�o Urbana, e de v�rios trabalhos paralelos como produtor e poderoso-chef�o do selo Rock It!, Dado relaxa pouco antes de embarcar para Nova Iorque e finalizar o oitavo disco da banda - quase tr�s anos depois do Cd anterior, O Descobrimento Do Brasil. Sereno, ele explica os dif�ceis caminhos do novo trabalho. "Gravar um disco sempre foi uma coisa dram�tica na hist�ria da Legi�o. Dessa vez, al�m de tudo, n�o havia nenhuma letra pronta antes. Todas foram feitas no est�dio."

A tradi��o de m�sicas compostas no atacado e por metro, longu�ssimas, permanece "O Dois (de 1986) j� era uma extravagancia cada lado do LP tinha 26 minutos", lembra Agora, se deixassem, a banda iria ainda mais longe. Como em Dois, o novo disco tamb�m seria um �lbum duplo. Como em Dois, seria. A gente tinha material para um duplo na m�o, prontinho. Na verdade, s� faltava colocar as guitarras em algumas faixas e todas as 27 m�sicas poderiam ser lan�adas. Mas achamos que n�o existe mercado pra disco duplo no Brasil..."

Montar o repert�rio n�o foi f�cil. "T�nhamos 85 minutos de m�sica e o Cd s� comporta 74, mas por seguran�a � mais conveniente que n�o passe de 70", conta o guitarrista." Tivemos de cortar algumas coisa, entre elas uma m�sica chamada "Clarisse", que tinha dez minutos," Feita a devasta��o das faixas quinze sobreviveram.

O disco teria algum conceito que o resumisse? "O conceito mudou durante a grava��o, o Renato foi mudando. Estava ficando meio pesado - um pouco pelos arranjos, mas principalmente pelas letras, que est�o muito explicitas. Mas no final o lado ac�stico com viol�o, viola e uma percuss�ozinha, at� que parece bastante."

O Livro Dos Dias ou A Tempestade. Eram essas as op��es de nome que a Legi�o discutia para o novo disco, �s v�speras da ida a Nova York. Marisa Monte aparece os cr�ditos do Cd como co-autora da parte musical de "Soul Parsifal". A letra, como todas as outras do disco, � de Renato Russo.

O Livro Dos Dias � o nome de uma faixa, a que encerra o CD. E A Tempestade? "Tem a ver com o tom do disco, que fala do dia-dia dos jovens, de desilus�es amorosas", conta o guitarrista Dado Villa-Lobos, que pela primeira vez produziu um �lbum para a banda. "Chegamos a pensar em convidar o Brian Eno para ser produtor. No final, por uma falta de op��o, eu acabei produzindo. Foi a melhor coisa que podia ser feita."

Segundo Dado, o disco � mais pop que o habitual para o padr�o Legi�o. Mais uma vez, as impress�es - digitais, sentimentais, filos�ficas - de Renato Russo predominam. "O Renato escreve as letras e canta as m�sicas, n�o tem como fugir da vis�o dele. Acho que acabo absorvendo uma certa esquizofrenia", confessa, titubeante. "Essa fase que o Renato est� vivendo n�o � f�cil ", completa. "O disco � s� um retrato do que foram esses anos e do que a gente vive hoje, de como toda a banda se sente nesse momento."

 

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