Legi�o Urbana Uma Outra Esta��o
Bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet
bullet

eXTReMe Tracker
 

AO VIVO, O BICHO PEGAVA

Em shows, Legi�o Urbana punha fogo - literalmente - na plat�ia e cada apresenta��o arrastava uma multid�o pronta para entrar em combust�o

 

Revista Transam�rica - Ano 2 - 1999/ n� 22- p�g 18

Por Humberto Finatti

 

            Por que a Legi�o tomou tamanha dimens�o nos cora��es e mentes dos f�s? "Talvez porque em tudo o que fizemos, at� na grava��o do �ltimo acorde da �ltima can��o, havia sinceridade", explicou o guitarrista Dado em um bate-papo exclusivo com a Revista Transam�rica, por ocasi�o do lan�amento do CD Ac�stico MTV. "Havia uma for�a, uma sinceridade naquilo que qualquer um que ouvisse nossas m�sicas, n�o importa a idade, se identificava imediatamente."

            Essa "identifica��o" fez com que o grupo fosse aumentando progressivamente sua vendagem. M�sicas geniais como Ser�, Ainda � Cedo, Gera��o Coca-Cola, Quase Sem Querer, Eduardo e M�nica, �ndios, Faroeste Caboclo (com quase dez minutos) e tantas outras come�aram a invadir a programa��o das r�dios e das tev�s.

            Resultado inevit�vel: uma banda que come�ou tocando em por�es alternativos para menos de 50 pessoas, passou a lotar gin�sios como o Ibirapuera. Durante a turn� de 90, para promover o disco As Quatro Esta��es (o campe�o de vendas da banda, com mais de um milh�o e meio de c�pias), o grupo chegou ao auge: s� se apresentou em est�dios para mais de 40 mil pessoas.

            Foi a� que surgiram mais dois mitos em torno da banda: o de que ela n�o gostava de cantar ao vivo e de que seus concertos quase acabavam em tumulto. Dado confirma o primeiro. "De fato, n�o gost�vamos de palco", diz o guitarrista. "T�nhamos problemas para tocar ao vivo, problemas internos da banda, problemas pessoais, o Renato detestava shows". Essa postura fez com que as turn�s da Legi�o se tornassem cada vez mais raras. A banda passou a excursionar apenas de dois em dois anos - sendo que antes da morte de Russo, a �ltima grande turn� por S�o Paulo e Rio aconteceu ap�s o grupo ficar quatro anos sem se apresentar nas duas cidades.

            Em fun��o desse "distanciamento" dos palcos, entrava em cena o segundo mito. Com shows escassos e um repert�rio explosivo na bagagem, a Legi�o punha fogo - literalmente - na plat�ia. Cada apresenta��o arrastava uma multid�o pronta para entrar em combust�o. Ficou c�lebre o show no est�dio Man� Garrincha em Bras�lia, em 1988, quando o grupo encerrou repentinamente o concerto, saindo do palco ap�s uma hora de apresenta��o porque o p�blico n�o parava de jogar objetos no palco (entre eles, algumas bombinhas). Al�m disso, um sujeito conseguiu furar a seguran�a e agarrou Russo pelo pesco�o, que livrou-se da figura aplicando-lhe golpes de microfone!

            Com o fim inesperado do show, a multid�o ficou enfurecida e iniciou-se um quebra-quebra que deixou como saldo mais de 400 feridos. Moral da hist�ria: a Legi�o Urbana nunca m�is tocou em Bras�lia. Ainda naquele mesmo ano, houve tumultos em shows em Bel�m, em S�o Paulo (quem mais, al�m de Russo, incitaria o p�blico a destruir uns bal�es de uma marca de refrigerantes que estava patrocinando o espet�culo, durante a execu��o de Gera��o Coca-Cola, al�m de se retirar do palco por quase meia hora porque jogaram uma garrafa que, por pouco, n�o acertou o batera Bonf�? Tudo bem: depois o grupo retornou e o show prosseguiu)...Mais dois anos se passaram e veio a mega-turn� de 90, na qual o grupo, finamente, conseguiu fazer apresenta��es mais calmas, mas nem por isso menos brilhantes.

Mat�ria enviada por Lu�s Fernando Belmonte Wisniewski - Santo �ngelo (RS)

 

Pol�tica de Privacidade

Skooter 1998 - 2008